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Treine a resiliência

Capacidade de lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas: a definição de resiliência cai muito bem para esse momento que estamos vivendo. Isso quer dizer olhar o problema de frente, mas sem entrar em pânico (o que prejudica nosso juízo) e, ao contrário, pensar em formas de lidar com ele até que a situação melhore.


“Isso significa ficar triste porque cancelei uma viagem, mas lembrar que essa situação vai mudar e que eu não vou morrer de depressão por isso”, explica a psicóloga.


Não se isole emocionalmente


O ser humano é uma “criatura” social. Ficar isolado pode ser bastante complicado e agravar a ansiedade e o estresse do momento. Por isso, tente manter contato com as pessoas queridas, como amigos e familiares. “O isolamento é mais um estressor. Então, sempre que possível, tente manter os vínculos ativos”, afirma o psiquiatra Rodrigo Leite, coordenador dos Ambulatórios do IPq (Instituto de Psiquiatria) da USP (Universidade de São Paulo). As redes sociais podem ajudar nessa tarefa, fazendo com que as pessoas consigam interagir sem estar fisicamente presentes.


Filtre as informações


Já era esperado que, em uma sociedade tão conectada como a nossa, o fluxo de informações seria imenso diante de uma pandemia. Para não entrar em parafuso com o volume de dados que chega a todo momento, o melhor é filtrar tudo o que chega até você.


Isso significa escolher alguns veículos de confiança para se informar e evitar compartilhar mensagens das quais você não sabe a procedência ou a fonte. “Do contrário, a nossa estabilidade emocional vai se abalar e vamos ficar com o juízo de valor comprometido”, alerta Kamkhagi.


Isso vale também para aquele momento de angústia em que decidimos expor esse sentimento nas redes sociais. “Talvez seja melhor conversar com pessoas próximas, já que isso só vai aumentar o desespero do próximo”, opina a especialista.


Ou seja, se bater o desespero diante de tanta informação nova, é melhor buscar suporte emocional da rede de apoio social, ou seja, na família e nos amigos. “São essas conexões que vão reduzir o sofrimento psicológico desse momento tão duro”, acredita Rodrigo Leite.


Se estiver sofrendo, busque ajuda


Pessoas que já sofrem de transtornos mentais, como depressão, ansiedade e transtorno bipolar, tendem a experimentar um agravamento de sintomas nos próximos dias e podem experimentar sintomas como falta de ar se estiverem vivenciando um ataque de pânico.


Se isso acontecer, é importante não sofrer sozinho e buscar ajuda com um médico de confiança e/ou seu psicólogo, para que seja avaliada a necessidade de medicamentos ou outras medidas terapêuticas.


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